Os Vaz Velho de Tavira (parte III)

António José Vaz Velho (1771 – 1860), autarca, cosmógrafo e heraldista

Brasão de António José Vaz Velho

Já aqui se falou dos Vaz Velho, que têm como ancestral Manuel Vaz Velho, que foi cozinheiro da corte de João V, o que lhe permitiu ganhar fama e fortuna, para mais tarde ascender socialmente, confiando os seus ganhos à sua descendência. Para além do seu filho Manuel José, que foi Senhor da Serra e erigiu o palacete da Bela Fria há a acrescentar o seu neto António José Vaz Velho, que foi, além de um digno militar, engenheiro e heraldista, para além de presidente da Câmara após o triunfo do liberalismo.

Importa aqui distinguir do seu tio homónimo que foi sacerdote e cujo ingresso na Ordem de Cristo foi reprovado.

António José Vaz Velho era neto por via materna do senhor da Serra e nasceu em 1771. Ingressou na Ordem do Cristo – o que o seu tio homónimo sacerdote não havia conseguido lograr, para além de alcançar também o foro de membro da Ordem de São Bento de Aviz. Foi militar e interinamente Governador das Armas do Algarve durante o tempo da guerra civil. São conhecidos alguns documentos seus disponíveis online no Arquivo Histórico Militar.
Como engenheiro, colaborou um estudo da possível abertura da barra de Tavira por volta de 1825, algo que só foi executado um século mais tarde, em 1930 (1).

Destacou-se também como estudioso da heráldica, sendo a sua obra mais conhecida é a monografia de heráldica intitulada Tesouro heráldico de Portugal .

Com a sua morte, o seu único herdeiro natural António dos Santos vendeu o palacete, perdendo a família deste modo o seu mais precioso bem imobiliário.

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