Já foi tema neste local a influência que a configuração da costa tem no desenvolvimento social e político das populações. O que não foi referido é que esta costa é um palco mutável e dinâmico, que se vai modificando de uma forma perceptível no espaço de duração de uma vida humana. Alterações bruscas poderão ter lugar como de certeza tiveram como os grandes fenómenos de envergadura sísmica, mas no geral as alterações são graduais. Estamos numa costa que é dominada em grande parte por dois grandes pontos de dinâmica costeira como o são a Ria Formosa e a foz do Guadiana. O input de sedimentos e as correntes dominantes da ondulação costeiras são os dois principais “cozinheiros”. Relativamente a poder fazer a inventariação temporal esta está altamente dependente da perícia dos cartógrafos. E como estes, a precisão. Neste ponto, penso que o talento do engenheiro militar José Sande Vasconcelos permite balizar um antes e depois neste aspecto. O militar não era perfeito e o grau de sofisticação tem que ser lido de acordo com a sua época. Mas no geral, o seu traço permite usar as suas cartas como o princípio da galeria que vamos apresentar de seguida.
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1. Sande Vasconcelos – Termo de Cacela (1775) -
2. Sande Vasconcelos – Mapa das Terras de Tavira (1781) -
3. Sande Vasconcelos (c/colabração de Azevedo Coutinho) -Leste de Tavira (1793) -
4. Sande Vasconcelos – Tavira a Vila Real -
5. Azevedo Coutinho – Barra de Tavira (1800) -
6. Azevedo Coutinho – Ilha de Tavira (1800) -
7. Baptista Lopes – Tavira a Vila Real (1842) -
8. Filipe Folque – Tavira a Vila Real (1900)
Continuar a ler “A evolução da Costa de Tavira à foz do Guadiana do séc. XVIII ao séc. XX .”
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